Você entende de semente e sabe semear?

Uma outra percepção na parábola do semeador, a competência do semeador.

“Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho.” Mateus 13:19

Sempre que analisei a parábola do semeador, ou ouvi outros a explicá-la, a atenção sempre foi voltada exclusivamente para o tipo de solo que recebe a semente.

Todavia, ao examiná-la pela enésima vez, fui atraído para a importância do semeador.

Esta parábola está presente nos três evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e João). E, que me recordo no momento, a única que Jesus explica seu significado.

Principiando sua explanação da parábola, Jesus enfatiza: “O que semeia, semeia a palavra;” Marcos 4:14

Jesus enfatiza também que há os que “estão à beira do caminho”. Quer dizer, são pessoas que não “andam”, que não buscam nada e apenas esperam receber, caso alguém queira lhes entregar alguma coisa. São opostos daqueles que Jesus disse que “andam” e encontram tesouros (Mateus 13:44), ou aos “negociante” que busca boas pérolas (Mateus 13:45).

Pessoas acomodadas a uma vida mesquinha são mais difíceis de se interessar por algo. Eles não esperam nada da vida.

Para tais pessoas, a única forma de “entrarem para o caminho” é recebendo uma compreensão profunda da “semente” que é a palavra de Deus. Somente isso os tirará do comodismo, “da beira do caminho”.

É nesse detalhe que entra a nossa responsabilidade de sermos os semeadores preparados, cheios das escrituras e cheios do Espírito Santo, de modo a termos habilidades sobrenaturais para atingir não só as emoções, mas o intelecto desses. Veja que a parábola enfatiza que eles “não entenderam a palavra” e por isso deixaram ser roubada pelo diabo.

Quem entende a palavra guarda-a de tal modo, como um precioso tesouro, de maneira que ninguém a roubará e, consequentemente, se tornara mais um semeador.

Então, considerando que há uma imensa população “à beira do caminho”, nosso compromisso é estarmos sempre munidos de uma rica compreensão das escrituras e atentos à voz de Deus que nos instruirá, quando precisarmos “semear”.

Lembre-se de Felipe e o Mordomo-mor de Candace (Atos 8:27-40), aquele homem até, por conta própria, lia as escrituras mas não entendia. Foi quando o Evangelista chegou-se à ele e perguntou:” Entendes tu o que lê?”

A habilidade de Felipe com as escrituras foi o que salvou aquele homem e levou o evangelho ao primeiro país depois de Israel.

Sua competência como semeador será mais importante que sua habilidade no púlpito, seja para cantar, seja para envolver as pessoas em performances de pretensa espiritualidade.

Portanto, leia as escrituras e viva na inteira dependência do Espírito Santo e boas semeaduras serão feitas.

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