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Marca da Besta: A Desconstrução do Humano

By Haroldo de Sousa

A “marca” da Besta nada mais será que uma desconstrução do cognitivo humano natural. Daí surge a confusão de gênero, que não envolve apenas sexualidade (vide pessoas se achando cão, gato, cavalo e etc). E irá além, a coisas inacreditáveis. Se é que é crivel o que já ocorre.

Na atual situação que toma conta do mundo, muitos pastores e outras pessoas que se interessam pelo tema profético, bem como, pelo conhecimento do que se passa na sociedade, se aproximam do entendimento da realidade ao apontar uma certa sigla(+) como sendo a “marca da Besta” citada no livro bíblico Apocalipse.

Mas, a maioria dos líderes, religiosos ou não, nada se interessam pelo assunto que os deveria apavorar. Todos querem apenas métodos que lhes tragam mais “seguidores”, que significa mais poder terrenal e dinheiro.

Em relação à marca da besta, que advém sim do movimnto feminista, do qual decorre a sigla(+), a marca mesmo é a blasfema.

Se “receber” a marca não tem perdão (quando Jesus voltar todos serão destruídos), a única possibilidade humana de não perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo.

O que o espírito do anticristo está a fazer é a desconstrução da imagem de Deus. Ele se assentará no templo de Deus (não no templo de Israel) querendo parecer (ser semelhante) a Deus.

Uma sociedade blasfema é a característica última da sociedade que pedirá e receberá com glamour o anticristo.

E, como bem acertam também alguns, os grandes players globais estão aderindo e promovendo está agenda e eles promoverão a blasfêmia de tal forma que aqueles que não aderirem ficaram de fora do sistema econômico (compra e venda).

Mas reitero : apesar da projeção principal, não será apenas o movimento da sigla(+) a marca da Besta a qual entendo ser apenas um dos possíveis resultados do processo.

Processo esse que tem como cerne a desconstrução do feminino, do masculino e, consequentemente, do pai e mãe funcionais.

Trata-se de uma desconstrução da estrutura cognitiva natural do humano para dar lugar ao, às vezes citado, “novo humano” que os escritores lacradores não têm a menor ideia do venha a ser, mas acham bonitinho propor.

Que tal chamarmos o “novo humano” de Übermensch, descrito no livro Assim Falou Zaratustra (Also sprach Zarathustra), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche?

Tão moderno isso (Übermensch)! Tão tudo não é?

Maior compreensão e referências bíblicas aqui: Arco-íris, o arco na nuvem.

Arco-íris, o arco na nuvem

Para os cristãos que desejam saber o real sentido das coisas terrenas Atuais, sob o prisma da Bíblia, vou compartilhar a revelação que Deus, por seu Espírito, me concedeu nas ESCRITURAS:

1 – Satanás quer ser semelhante a Deus [Isaias 14:14];

2 – Ele tem um domínio que lhe foi entregue pelo homem, mas ele precisa submeter todos súditos para o servir e adorar (como Deus);

3 – Todo reinos ou domínio tem um símbolo. Ele escolheu o arco-íris 🌈;

4 – Agora pasmem o porque: O arco-íris 🌈, que na Bíblia não tem esse nome (se chama o “arco na nuvem” e é chamado na cultura popular de arco-íris por causa da deusa grega Íris) é nada mais, nada menos, que o resplendor da glória de Deus [Ezequiel 1:28; Apocalipse 4:3];

5 – Mas, o que me assombra mesmo é o processo de “desconstrução do humano” nos homens. Vejam bem, se o Diabo quer ser semelhante a Deus ele quer “habitar no homem”, porque Deus fez do homem a sua semelhança para, em espírito, habitar nele;

6 – É tão grave que as pessoas alcançadas por esse processo se tornarão ou já se tornaram (milhões) blasfemos contra o Espírito Santo;

7 – Está é a “marca” da besta, a blasfêmia. O único pecado para o qual não há perdão (quem tem a “marca” não tem perdão [Ap 14:9-10];

Mas, é a marca na testa e na mão?

Testa: Modo de pensar, cognição, visão de mundo, cosmovisão;

Mão: Agir, modo de atuar, fazer, vida prática;

Quem não aderir (agir e pensar) à forma de vida blasfema ficará de fora de qualquer sistema econômico.

Lembram da pandemia? Chegaram a impedir que pessoas não vacinadas tivessem acesso a muitas coisas.

Então é isso! Satanás está construindo um reino, com pessoas absolutamente desprovidas da semelhança de Deus, mas feitas à sua semelhança e por símbolo desse domínio ele tomou o “Arco da nuvem” que é a semelhança do resplendor da glória de Deus.

Haveria muito que dizer e explicar a cerca do tema. Desde a virada linguística na filosofia com a consequente introdução à idade moderna, as gênesis de uma ideologia que surgem nos séculos XI a XIII, a psicanálise, a Escola de Frankfurt e por aí segue. Mas, antes de tudo isso vem a Bíblia, muita Bíblia e oração. S

Se alguém se interessa por mais pode perguntar ao autor ou Investigar.

Kleber Lucas e a Paralaxe Cognitiva

A ideologia socialista afeta a capacidade cognitiva do indivíduo. É o que o Olavo de Carvalho chama(va) de paralaxe cognitiva.

Paralaxe é quando a pessoa vê algo por um ângulo que faz sua mente destoar da realidade. Por exemplo, aquela bola que você vê que “saiu” e quando a câmera mostra por outro ângulo você descobre que não saiu.

O conjunto de ensinos doutrinadores a que os indivíduos são expostos hoje provoca esse deslocamento do seu “eixo congnitivo”. Ou seja, a percepção que chega a ele, dos fatos, não corresponde à realidade. Obviamente sua conclusão também não pode condizer com a realidade.

No caso do Kleber Lucas, ele fez uma “análise” para o Caetano Veloso de hinos como “Alvo mais que a neve”, quando disse que é racista a frase que é cantada por brancos e negros.

Ora, primeiro que a canção não está falando de branco e preto, mas de “pecados vermelhos como o sangue” que tornam-se brancos (uma referência à limpeza espiritual).

“Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra.” [Isaías 1:18-19]

É ou não uma doença mental a “análise” que vincula isso a racismo?!

E assim eles vão fazendo “análises” desconectadas da realidade, a respeito de todas as coisas. E querem ditar a “verdade” e os rumos em tudo.

Acredito, Logo Estou Certo ou Da Modernidade à Pós-verdade

Por Neto Curvina

Há quem afirme acreditar em Deus, mas pensa que Ele não pode interferir no mundo em que vivemos.

Há quem afirme acreditar em Deus, mas discorda de sua Palavra.

Há quem afirme acreditar em Deus, mas acha que Ele pode ser limitado ou explicado pelo conhecimento humano.

E há quem afirma acreditar em Deus, mas um Deus idealizado, completamente diferente de como Ele é mostrado nas Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs.

Quando descobrirem que não é em Deus em que acreditam, mas em uma “divindade” criada por suas mentes para agradar aos seus egos e anseios metafísicos mais prepotentes, talvez seja tarde demais. E quase sempre é.

“A era moderna, ou modernidade, afastou Deus da análise e busca pela verdade, o relativizou, negou sua existência, o ‘matou’ e escarneceu dele. A pós-verdade concedeu aos homens que cada um tenha o seu deus ao seu próprio modo de (des)crê.” [Haroldo de Sousa]

Halloween Cristão ou Reforma Protestante

“Mas o justo viverá pela fé.” [Romanos 1.7]

O cristão que comemora o dia das bruxas 🧙‍♀️ é um absoluto desprovido de conhecimento bíblico e histórico.

Esta comemoração foi estabelecida como um artifício para esconder a grande data que é 31 de outubro de 1.517, dia em que Martinho Lutero fixou as 95 teses na porta da igreja do castelo Wittenberg.

O ato desencadeou o processo histórico denominado “Reforma Protestante” que, além de por um freio na corrupção política que se instalara no clero da igreja católica, foi o responsável pela “formatação” da grande Europa que veio a ser o modelo de sociedade e civilização para o resto do mundo.

No campo humanitário, trouxe enormes conquistas, como, por exemplo, a inclusão das mulheres na escolaridade, a liberdade religiosa e fortaleceu uma dialética, através da qual a liberdade é ­reconhecida como um processo ambivalente.

O ponto nevrálgico da reforma foi, primeiro, o impacto de um versículo bíblico na alma de Lutero. “O justo viverá pela fé” foi a chave que abriu o entendimento do piedoso e desesperado monge que não achava paz em nada que conhecia de seu mundo religioso, por mais zeloso, dedicado e exemplar que fosse seu viver.

Haroldo de Sousa

Lúcifer – O (não)Nome e Suas Confusões

A expressão proverbial “lúcifer” foi alterada indevidamente na versão latina da Bíblia, a chamada Vulgata, para o substantivo próprio “Lúcifer” e tornou-se popular em toda parte onde a cultura cristã alcança atualmente como sendo o nome do adversário de Deus, nomeado nas escrituras, como Satanás e Diabo.

Inclusive, este nomeação equivocada tornou-se tão popular que empresta, atualmente, o nome à uma série de TV que procura romantizar a figura do mau, expressando uma característica de nossos que é chamar o mal de bem, as trevas de luz, amargo de doce e vice-versa (Isaias 5:20). Mas, isto é outro assunto.

A palavra Lúcifer, como nome próprio, foi introduzida na Vulgata pelo Bispo católico Jerônimo (São Jerônimo) por algumas razões. Uma delas se deu pelo fato de que Jerônimo era um ferrenho combatente de um bispo chamado Lúcifer de Cagliari. Este era um critico do papa da época que, para agradar a Constantino, queria voltar a aceitar a doutrina do Bispo Arius, banida no Concílio de Niceia (Dizia que Jesus era criatura e não Deus).

No original, a expressão realmente é traduzida para a demais versões da bíblia é “portador de luz ou brilhante”. NÂO como nome próprio, mas como expressão proverbial.

Além disso, a expressão hebraica original hêylêl – substantivo masculino singular absoluto, da raiz hll = brilhar – tem aplicação diversa, podendo ser estrela da manhã, lua crescente, estrela da alva, planeta Vênus, estrela resplandecente.

O que alguns estudiosos entendem é que o original hebraico não queria dar ideia de “portador de luz”; mas se referia a um mito antigo de que o planeta Vênus que aparece durante um período do ano junto à lua no fim do dia (anoitecer) e reaparece no amanhecer do dia (alva) seria um ser mitológico que anuncia a noite (aquele que vem anunciar as trevas).

Portanto não ser referiria exatamente a algo brilhante, portador de luz. Mas, a algo que anuncia as trevas.

Independentemente da expressão em Isaías 14:12 estar se referindo a algo portador de luz ou que anuncia as trevas, o FATO é que ela não se refere a um ser, ou seja, não vem como nome próprio no original, mas como uma expressão proverbial.

Além disso, a expressão proverbial lúcifer, “portador de luz ou brilhante”, que Jerônimo SUBSTITUÍU por Lúcifer é a mesma utilizada em Apocalipse 22:16 para se referir a Jesus e que é traduzida como a “resplandecente estrela da manhã” (Aqui entendo que o apóstolo usa a figura do Sol e não de Vênus, mas a expressão é a mesma: lúcifer.

Em síntese, trata-se de equívoco chamar de Lúcifer a Satanás, também nomeado Diabo.

Deixo o link para um artigo que acredito ser o mais criterioso e metódico em esclarecer o texto original:
http://www.heresiatofora.com.br/estudos/lucifer-a-invencao-de-um-nome-uma-analise-da-origem-do-nome-lucifer


Haroldo de Sousa – Procurando ser achado Servo de Deus, Estudante das Escrituras, Evangelista, Leitor dos Pensadores Clássicos e Contemporâneos, Advogado, Pós-graduando em Filosofia da Contemporaneidade.

Aconteceu de Novo – Há Um Que o Impede (2TS 2:6)

inglaterra-brexit-união-européia-reino-unido-anticristo

A Inglaterra concretizou, às 23h desta sexta-feira 31/01/2020, o Brexit e deixou a União Europeia.

“Napoleão tentou criar um governo único na Europa. A Inglaterra disse não!  Hitler tentou criar um governo único na Europa. A Inglaterra disse não! A União Europeia está tentando criar um governo único na Europa. Novamente a Inglaterra disse não! A história vem mostrando que os ingleses têm razão.”  [Murilo Bonze]

A obra do Espírito Santo na “condução” da humanidade (Soberania Divina) é realizada através das nações. O Globalismo (assunto para outro artigo) é contrário à vontade de Deus que dividiu a humanidade em nações, povos, tribos e línguas.

Os cristãos deveriam prestar mais atenção na Inglaterra e na França.

Da primeira, a Inglaterra, emanam os elementos da preservação dos conceitos judaico-cristãos. De lá saiu o avivamento que varreu a Europa no pós Reforma Protestante, através de figuras como John Wesley, Charles Haddon Spurgeon e o movimento Holiness (santidade) que influenciou os EUA, especialmente sendo responsável pelo Reavivamento da Rua Azuza, do qual saíram os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Assembleia de Deus Brasileira.  

Por outro lado, da segunda, a França, emana toda a conspiração que “se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”. 2 Tessalonicenses 2:4

França é o berço, a cama e a cadeira/trono do Socialismo (Quem lê entenda).

Quem tem conversado comigo sobre Geopolítica (Relações mundiais Gerais – Na política, economia, intelectualidade, etc) e sua correlação com a teologia bíblica (estudos das profecias e acontecimentos atuais e futuros – Escatologia) sabe o que tenho dito sobre o papel da Inglaterra no cenário mundial. Ela é o “Baluarte” da preservação dos valores gerais condizentes com a visão bíblica do modelo ideal das relações humanas em quaisquer campos de “humanas”.

De lá herdamos o “Habeas Corpus”.

Foram os ingleses quem lutaram as primeiras batalhas para libertar ESCRAVOS BRANCOS (Europeus sequestrados em ataques Otomanos).

William Wilberforse, foi o parlamentar inglês que gastou sua vida, junto com outros milhares, no movimento chamado AMAZING GRACE (Graça Maravilhosa) até conquistar o fim da ESCRAVIDÃO NEGRA na Inglaterra, o que influenciou o resto do mundo.

E destaco mais uma e crucial informação para nossos dias: A Inglaterra é o Berço do Conservadorismo. Lá nasceu Edmund Burke, o pai do Conservadorismo e de lá continuam a brotar grandes conservadores, como o recém falecido (12/01/2020) Roger Scruton.

E para os que acreditam no retorno daquele que será Rei, a Inglaterra ainda é o único país que “cultua” a Monarquia, modelo de governo do período político futuro chamado de “Milênio” pelos estudiosos das escrituras.

 

Haga de Haroldo

 

F. Haroldo de Sousa – Procurando ser achado Servo de Deus, Estudante das Escrituras, Evangelista, Leitor dos Pensadores Clássicos e Contemporâneos, Advogado, Pós-graduando em Filosofia da Contemporaneidade.

Os gigantes de Gênesis 6 e a suposta relação sexual entre mulheres e anjos

NUNCA EXISTIU TAL RELAÇÃO!

Há má interpretação.

A expressão “filhos de Deus”, na Bíblia, são sempre direcionadas aos homens que lhe obedecem, adoram e servem.

Olhem o texto:

“HAVIA naqueles dias gigantes na terra; e TAMBÉM DEPOIS, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.” Gênesis 6:4

Vejam que o gigantismo não é decorrente da suposta relação com anjos, pois HAVIA (passado) e também DEPOIS QUE…

A Bíblia também diz que Deus jamais chamou um anjo de filho:

“Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?” Hebreus 1:5

Aproveitando, esclareço a confusão de Jó que acham que o Diabo foi ao céu encontrar com Deus quando “os filhos de Deus compareceram perante ele”.

“E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.” Jó 1:6

Também se trata de homens, filhos de Deus. Jó era sacerdote do Deus Altíssimo ( que pode ser comprovado pela leitura do capítulo primeiro e outros do livro) e o contexto trata de um evento em que “os filhos de Deus”, incluindo Jó foram sacrificar (comparecer perante Deus).

Por fim, consideremos o que disse o Mestre: “Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.” Mateus 22:30

O RESTO É INVENCIONICE DE PREGADOR QUE NÃO TEM CONHECIMENTO  BÍBLICO PARA PREGAR AO POVO E FICA CRIANDO ESSES IMAGINÁRIOS.

Haga de Haroldo

F. Haroldo de Sousa – Procurando ser achado Servo de Deus, Estudante das Escrituras, Evangelista, Leitor dos Pensadores Clássicos e Contemporâneos, Advogado, Pós-graduando em Filosofia da Contemporaneidade.

Teologia do Sede (Im)Perfeito

Sara riAo ler o Versículo Diário (02.10.2019) da lição da Escola Bíblica Dominical da CPAD: “Terça – Gn 18.12: Deus abençoa homens e mulheres imperfeitos” e, conferindo a afirmativa da revista (Deus abençoa os imperfeitos) com o conteúdo do versículo bíblico “Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho?”, me subiu à mente a reflexão e desceu ao coração a indignação contra essa moda que definirei como “Apologia da Teologia da Imperfeição”.

O resumo do versículo de hoje, “Deus abençoa homens e mulheres imperfeitos”, me deixa intrigado com essa “Teologia” da apologia aos imperfeitos.

Ninguém é abestado (nem eu), para dizer num termo cearense, de pensar ou cogitar em si mesmo ser perfeito e por isso estar apto a receber bençãos de Deus.

Mas, essa Teologia do IMPERFEITO, essa insistência na imperfeição humana em nosso meio tem sido usada demais para uma apologia de que vidas erradas podem ser abençoadas por Deus.

Olhemos o versículo:
Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho? Gênesis 18:12

Porque, num versículo desses, o destaque é a imperfeição de Sara ao questionar rindo?

Na verdade, o que há, me parece ser, é um misto de questionamento com alegria da possibilidade.

Isso é uma reação inicial, para mim, de NORMALIDADE humana que, depois, foi superada pela fé.

Olhemos o que diz Hebreus 11 sobre essa Sara e esse evento:

Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.

Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar. [Hebreus 11-11-12]

Eu, sinceramente, gostaria muito de parar de ouvir essa teologia da justificação do homem pecador (não estou falando do que ignora o evangelho) em nome da falibilidade humana.

E alguém já pensou “lá vem o Haroldo com suas chatices”. Respeito seu pensamento decorrente da ignorância bíblica.

Vejamos o que a bíblia diz sobre a (im)perfeição humana:

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. [Mateus 5:48]

Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco. [2 Coríntios 13:11]

Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. [2 Timóteo 3:17]

Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. [Tiago 1:4]

Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. [Filipenses 3:12]

E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade; [Colossenses 2:10]

Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; [1 Coríntios 2:6]

Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará [Filipenses 3:15]

Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. [João 17:23]

Irmãos, não obstante o apóstolo Paulo dizer Não que seja perfeito…, o contexto indica que ele chegou sim a um nível de “perfeição”, m as que ele prossegue para o alvo que é chegar à varonilidade (hombridade) de Cristo.

No mais, há na Bíblia uma doutrina do aperfeiçoamento humano em Cristo e um mandamento para que sejamos perfeitos, além de várias afirmativas, como podeis ver acima, de que somos/devemos ser, em certo nível, perfeitos.

PORQUE, então essa “teologia” constante da imperfeição dos membros da igreja?

Me desculpem os que se sentirem atingidos, mas ao que me parece, trata-se de auto justificação (consciente ou inconsciente) de pregadores e ensinadores que não vivem a vida ética, reta, justa e piedosa que deveriam viver, visto que essa insistente mensagem da “aceitação” de Deus à imperfeição humana contraria a doutrina bíblica com mandamento e instigação à perfeição.

Obs.: Esta “perfeição” que devemos buscar é no nível do humano. Não em comparação a Deus.

 

Haga de Haroldo

F. Haroldo de Sousa – Procurando ser achado Servo de Deus, Estudante das Escrituras, Evangelista, Leitor dos Pensadores Clássicos e Contemporâneos, Advogado, Pós-graduando em Filosofia da Contemporaneidade.

Dois homens e Uma Justificação

o-fariseu-e-o-publicanoNo Evangelho escrito pelo médico e historiador Lucas, no capítulo 18, versículos 10 ao 14, encontra-se narrada a conhecida história de dois homens e seu comportamento ao adentrarem no templo, como elemento revelador do conteúdo que preenchia o interior de cada um.

O primeiro, um fariseu (palavra que descreve um integrante de um dedicado grupo religioso), orava “consigo mesmo”, disse Jesus. Em sua oração, procurava demonstrar para Deus as qualidades religiosas que possuía e a superioridade que pensava ter em relação aos outros, em razão de tais qualificações.

O segundo, um publicano (palavra que descreve um funcionário público, encarregado de arrecadar impostos para Roma), manteve-se no fundo do templo. E, batendo no peito, dizia “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”.

Ao refletir sobre essa passagem, fico a indagar o que proporcionou a produção subjetiva expressa em suas orações e só posso chegar à conclusão que foi o conteúdo linguístico ao qual ambos foram expostos.

Um integrava o grupo religioso que, por alcançar uma prática até louvável, começou a exaltar àqueles que juntavam-se a eles pela simples adesão, independentemente de uma transformação interior.

O outro estava naquele grupo que era alvo de certo preconceito por parte da sociedade e era exposto às suas debilidades e até acusado de coisas que não praticava.

O primeiro exposto a elogios e autoconfiança, chegando quase ao ponto de elogiar Deus por ter tal servo. O segundo exposto a palavras que lhe faziam perceber sua necessidade de superar-se e humilhar-se a Deus sequer ousa levantar a cabeça para falar ao mesmo Deus. Este voltou para casa aceitável e justificado por Deus, disse Jesus.

Se você me acompanhou até aqui, quero trazer-lhe para os nossos dias e para nossos templos. Ouça as afirmações, orações e canções dizendo:

“Dê liberdade ao Espírito de Deus”.

“Deixa Deus te tocar.”

“Doce Espírito és bem-vindo aqui.”

“Jesus, pode entrar. A casa é tua.”

Na grande maioria, frases como estas surgem de músicas feitas por gente que tem o mesmo sentimento, a mesma produção subjetiva que o fariseu.

Ocorre que essas músicas são repetidas e suas frases reproduzidas nas próximas canções, nos expondo continuamente a elas até criarem em nós sentimentos, percepções e uma cultura destoantes da realidade bíblica, da pureza doutrinária e das verdadeiras características do relacionamento do homem com o verdadeiro Deus.

Não é fácil tratar do tema e refutar o conteúdo dessas músicas porque as pessoas já as cantaram tantas vezes e agora fica difícil admitir que a letra não está adequada.

Mas, o faço com grande esforço, sabendo da rejeição a tais críticas e até da acusação de ser eu o fariseu, porque sei da influência que a música exerce na produção subjetiva e intelectual do indivíduo a ela exposto. Tanto que o reformador Martinho Lutero disse que o sucesso da Reforma não era devido aos seus escritos, mas aos 37 hinos que “carregaram aos quatro cantos suas doutrinas”.

Um dos posts que menos gosto em meu blog é Pequena Reflexão Sobre a Música Raridade. Justamente em razão da grande rejeição que sofri das pessoas próximas. Mas, por incrível que pareça, é o mais acessado, aproximando-se de 2.000 (dois mil) acessos somente neste ano de 2018.

Assim, retomo a crítica a tais hinos, os quais acabam virando pregações e orações que contrariam claramente o conteúdo bíblico e a doutrina saída da boca do próprio Senhor Jesus.

Se criamos essa “figura cultural” de que o templo seria uma ‘casa de Deus”, onde os seus filhos se reúnem para louvá-lo e ter comunhão, como seremos nós os que vamos dizer a ele “Senhor, seja bem-vindo aqui”, e “pode entrar?!

Estamos tão ensoberbecidos que já estamos “dando permissões” a Deus e não percebemos.

Não estamos sendo piores que o fariseu? E, ao invés disso, não deveríamos, a exemplo do publicano, nutrir um sentimento de humilhação e orar, pregar e cantar “Senhor, que eu seja bem-vindo em tua casa e que tenhas misericórdia de mim”?!!

Mais uma vez, vai lhe parecer implicância, chatice e bobagem minha. Mas, lhe convido à reflexão, em humildade e oração.

A quem estamos nos assemelhando em nossos procedimentos em relação a Deus? Ao fariseu autoconfiante, exaltado e soberbo, ou ao publicano humilde e suplicante?

Lembremos de que apenas um desses homens foi justificado ou aceito em sua oração a Deus.

Haga de HaroldoF. Haroldo de Sousa – Procurando ser achado Servo de Deus, Estudante das Escrituras, Coordenador e Professor da Escola Bíblica Dominical, Orientador no Curso de Teologia do IBE, Evangelista, Leitor dos Pensadores Clássicos e Contemporâneos, Advogado, Pós-graduando em Filosofia.